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  • Foto do escritorEliane Silva

Seja Feliz!

Você não precisa ser perfeito para levar uma vida mais rica e feliz



Os perfeccionistas sofrem com a mentalidade do “tudo ou nada” e um medo intenso do fracasso.


O perfeccionismo é autolimitante porque promove a “mentalidade do tudo ou nada”. Para os perfeccionistas, estar aquém das expectativas é um fracasso total e a experiência de tentativa e erro não é válida. Os perfeccionistas acham difícil lidar com as críticas construtivas e são incapazes de aprender com seus erros porque acabam na defensiva. Eles tendem a descartar as opiniões dos outros e se apegam a opiniões rígidas. Eles geralmente suprimem emoções dolorosas porque querem estar no controle constante e são duros consigo mesmos e com os outros porque têm aspirações altas demais – por vezes irreais. E quando os perfeccionistas atingem seus objetivos, a felicidade que experimentam é curta porque passam imediatamente para o próximo empreendimento.

“Nenhum sucesso ou conquista, nenhum pico ou destino, é suficiente para satisfazer o perfeccionista” (…) Quando ele alcança alguma forma de sucesso, não há deleite nem sabor.

Os perfeccionistas correm o risco de sofrer com problemas psicossociais. Os perfeccionistas também são propensos à depressão ou ansiedade, porque querem ter o controle absoluto sobre todos os aspectos de suas vidas, o que é um feito impossível. Frequentemente, aqueles que buscam a perfeição adotam um ideal platônico – extraído das ideias de Platão – fora da realidade e rejeitam experiências que não se alinhem a essa fantasia.


Os otimistas realistas ou “otimalistas” são mais capazes de aceitar o fracasso, aprendendo muito no processo.


Os perfeccionistas enxergam as emoções, o sucesso e a realidade de maneira diferente. Os otimistas, assim como os perfeccionistas, são ambiciosos e orientados a objetivos, mas reconhecem que a perfeição não é fácil de alcançar. Eles são “otimalistas”, ou seja, otimistas realistas. Como os perfeccionistas, os otimalistas têm uma visão bem definida do sucesso, mas percebem que o fracasso é uma parte inevitável de qualquer jornada. Os otimalistas conseguem se beneficiar das suas falhas e aprender com seus erros. Eles entendem que a vida não é linear e deve apresentar obstáculos imprevistos. Eles aceitam o fato de que as emoções dolorosas, embora difíceis de suportar, fazem parte da vida. Os otimalistas tendem a adotar o ponto de vista aristotélico – extraído das ideias de Aristóteles – de que suas experiências moldam e definem a sua realidade. Eles são capazes de perdoar a si mesmos e aos outros. Como os otimalistas ​​têm um relacionamento mais saudável com o fracasso, eles se sentem mais confortáveis ​​em correr riscos, o que maximiza suas chances de sucesso.

“As pessoas mais bem-sucedidas ao longo da história também são as que mais falharam.”

Procure experimentar o caminho mais libertador dos otimalistas em áreas importantes como trabalho, paternidade ou maternidade e relacionamentos.


Para ter uma melhor chance de sucesso, procure agir como um um otimalista em vez de andar às voltas com o perfeccionismo. Aproveite a jornada desta nova abordagem de vida, mesmo que seja necessário ajustar suas expectativas e definição de sucesso. Estabeleça metas realistas e alcançáveis ​​que sejam desafiadoras, mas não impossíveis. Mesmo que você não atinja todos os objetivos, os benefícios da sua experiência vão ser inegáveis. Crie um equilíbrio positivo entre vida pessoal e profissional, aceitando que você não pode ter tudo e que, embora esse equilíbrio possa não ser perfeito, ele é “bom o suficiente”. Mesmo que você não consiga encontrar tanto tempo quanto gostaria para produzir, exercitar-se e relaxar com seus entes queridos, ainda assim é possível separar um bom tempo para cada faceta da sua vida. Liste as coisas que você aprecia e desfrute delas para manter uma atitude positiva. Celebre suas realizações e expresse gratidão a todos os que têm ajudado você.

“Encontrar o equilíbrio entre suas grandes expectativas e a dura realidade é essencial para definir metas saudáveis.”

Todos os seres humanos experimentam uma gama de emoções, mas a sociedade geralmente envia uma mensagem de que os indivíduos não devem expressar seus sentimentos. Você pode prejudicar sua psique ao reprimir as emoções que possam ajudar no seu crescimento, por exemplo, ao evitar o luto. Neste sentido, abraçar e expressar os seus sentimentos pode ajudar você a alcançar uma “experiência eureca” – aquele novo insight que lhe permite construir sobre os conhecimentos anteriores. Reprimir as suas emoções apenas evita o seu crescimento. Para aprender com seus sentimentos, considere praticar a meditação da “atenção plena” (mindfulness), que é semelhante à meditação regular, mas inclui aceitar e experimentar seus sentimentos, mesmo que sejam desconfortáveis ​​ou desagradáveis.

“O otimista é capaz de encontrar prazer na jornada sem perder” (…) seu foco no destino.

Adotar uma abordagem positiva pode levar ao sucesso em várias áreas da sua vida, incluindo trabalho, parentalidade e relacionamentos. O papel do otimismo realista é crucial em cada um desses domínios:

1. Os grandes gestores promovem um ambiente de trabalho em que o pessoal aprende a assumir riscos. Um executivo perfeccionista pode acabar micro gerenciando os funcionários, porém os gerentes otimalistas sabem quando delegar responsabilidades e quando se envolver mais ativamente. Um perfeccionista corre um risco maior de se esgotar porque costuma fazer tudo sozinho em sua busca pela perfeição. Como um atleta profissional, você precisa de um “tempo de recuperação” para reabastecer a energia que gasta. Essa recuperação pode incluir pausas curtas no escritório, dormir bem, exercitar-se ou tirar férias. Recuperar-se mental e fisicamente é crucial.

“Os grandes gerentes” [permitem] que eles e outros falhem e aprendam com os erros.

Os funcionários perfeccionistas tendem a esconder os erros que cometem porque receiam sofrer repreensões. Em vez disso, procure ver os erros como oportunidades de aprendizado e crescimento. Os gerentes bem-sucedidos criam um ambiente de trabalho em que os colaboradores se sentem seguros em relação aos seus erros, o que promove a confiança. Os funcionários que não temem o fracasso são mais cooperativos e se sentem mais seguros em assumir riscos, o que aumenta suas chances de sucesso.

“O relacionamento confortável que os otimistas mantêm com o fracasso os torna mais dispostos a experimentar e correr riscos, além de mais abertos ao feedback.”

2. Pais, educadores e gestores precisam encontrar um meio-termo satisfatório entre fornecer reforço positivo e feedback construtivo. As crianças precisam se sentir seguras e nutridas. Porém, pais e professores devem dar às crianças a liberdade de experimentar alguma decepção, dor e desconforto, a fim de criar resiliência e autoconfiança. Crianças cujos pais as negligenciam ou mimam não estão bem preparadas para a independência. Como pai ou educador, tente encontrar um meio termo; apoie os pequenos enquanto permite que experimentem os seus próprios altos e baixos. As crianças devem explorar e cometer erros para aprender a confiar em si mesmas.

“O desafio para pais e educadores é combinar expectativas elevadas com permissão e incentivo para explorar, correr riscos, cometer erros e fracassar.”

Pais e professores geralmente se sentem compelidos a fornecer feedback constante, positivo ou negativo, mas as crianças precisam de “períodos sem comentários”. Quando você elogia as crianças por seus esforços, e não por sua inteligência ou capacidade, elas se sentem incentivadas a enfrentar desafios e no controle do seu próprio aprendizado. Elogiar a inteligência pode ser prejudicial, porque as crianças que se consideram inteligentes acabam pensando que nunca vão ou não podem falhar. Muitos jovens adultos que agora ingressam na força de trabalho não conseguem lidar com críticas construtivas porque não estão acostumados a elas. Louvar excessivamente as crianças para aumentar sua autoestima geralmente as prejudica. Celebre apenas as realizações genuínas.


3. Os bons relacionamentos exigem que você aceite as diferenças do seu parceiro, comunique-se abertamente e aprenda a fazer concessões. Em um relacionamento romântico, a maneira como os casais se relacionam com as diferenças inerentes um ao outro pode criar ou romper seu vínculo. Aceitação e expectativas realistas são cruciais em qualquer relacionamento amoroso bem-sucedido. Lembre-se, o parceiro perfeito não existe. O conflito é uma parte inevitável de todos os relacionamentos e pode até fortalecê-los. Nos “impasses” relacionados a questões importantes como dinheiro, sexo ou parentalidade, os casais se embatem por causa de suas crenças e têm dificuldade em fazer concessões. Procure ser um otimista de mente aberta em vez de um perfeccionista defensivo.

“A aceitação não significa abraçar a mediocridade ou fazer concessões niveladas por baixo, mas um pré-requisito para a obtenção de sucesso e felicidade ideais.”

A forma como você comunica as diferenças acaba afetando a saúde do seu relacionamento. Os perfeccionistas muitas vezes lutam nos relacionamentos devido à sua inflexibilidade e tendência natural de encontrar falhas no outro. Aqueles que são muito duros consigo mesmos também podem ser mais exigentes com seus parceiros. Em vez disso, “acentue os aspectos positivos do relacionamento”. Os otimalistas estão mais inclinados a perdoar, uma qualidade importante em um relacionamento de longo prazo. Se os dois parceiros adotarem uma “mentalidade de crescimento”, que “permita imperfeição em si mesmo, no parceiro e no relacionamento”, eles vão alcançar um nível cada vez mais alto de intimidade à medida que amadurecem.


Para se consolidar como um otimalista e evitar o perfeccionismo, tome medidas concretas, como praticar a terapia cognitiva para reenquadrar um evento e obter uma nova perspectiva.


Afastar-se da busca pela perfeição pode ser difícil, porque você tende a valorizar certas qualidades inerentes a essa identidade. Avalie com cuidado quais características são benéficas, como prestar atenção aos detalhes, e quais são problemáticas, como estabelecer metas inatingíveis. Você pode mudar o seu comportamento utilizando a terapia cognitiva. Em vez de apenas reagir instintivamente a um evento, a terapia cognitiva sugere que você o reenquadre para obter uma nova perspectiva. Acostume-se a fazer breves “intervalos” diante de um evento crítico – uma pausa para pensar antes de agir. Reflita sobre qualquer “reação emocional intensa” passada que tenha sido engatilhada por uma situação semelhante.

“Para poder mudar, precisamos de um entendimento detalhado do que exatamente queremos nos livrar e do que queremos manter.” ”

As emoções dolorosas, embora desagradáveis, podem oferecer oportunidades para mudanças positivas na sua jornada de otimização. Quando estiver frustrado com uma falha, experimente o “processo PRP”: “permita-se ser humano”, “reconstrua a situação” e obtenha uma “perspectiva mais ampla”.

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