Por que repetimos atitudes que destroem nossos relacionamentos e nos fazem sofrer
Os autores Estanley Rosner e Patricia Hermes começam sua narrativa enfatizando o fato de que repetimos comportamentos ao longo da vida. Em síntese, segundo eles, existe uma certa compulsão em repetir atos autodestrutivos.
Sendo assim, a primeira repetição apontada no livro, diz respeito a identificação primária, onde encaramos um grande dilema: conformidade x autonomia.
Nesse ponto, segundo os autores, nem todo mundo consegue alcançar o sucesso que deseja, porque vivem com a ideia de que é preciso repetir o que alguém já executou antes – geralmente, essa repetição é da vida dos próprios pais.
Os autores chamam essa limitação de “identificação arcaica”. Onde as pessoas repetem comportamentos irracionais dos pais, mesmo que isso as leve ao fracasso.
Recorrência no Casamento
De modo geral, as pessoas casam porque querem compartilhar o amor com o outro. No entanto, muitas vezes, o que chamamos de amor não tem nada a ver com o casamento.
Isso porque, o casamento cria uma expectativa inconsciente, de que o outro suprirá nossas necessidades – necessidades essas, que não foram supridas na infância – portanto, temos aqui uma espécie de contrato não escrito.
Sinais de Repetição na Criação Dos Filhos
A saber que muitos de nós crescemos em ambientes pouco saudáveis ou extremamente intolerantes, é comum que a criação de nossos filhos seja comprometida de alguma forma.
No livro, Stanley e Patricia explicam que toda criação é uma herança de bagagem cultural que foi adquirida pelos pais há décadas e décadas.
Reincidência de Comportamentos Punitivos
Devido a criação, muitas crianças desenvolvem um grande senso de responsabilidade e passam a acreditar que as coisas dão sempre errado por culpa de si mesmas.
Em suma, as crianças começam a adquirir uma consciência punitiva e severa, além de falta de confiança e dúvidas em relação a si mesmas. Como resultado disso, o sentimento de culpa se torna severo e muitas frustrações passam a surgir ao longo dos anos.
Sinais de Repetição de Comportamentos no Trabalho
Obviamente que, esses comportamentos se estenderiam ao âmbito profissional.
Em súmula, os autores explicam que crescemos acreditando que o trabalho é apenas um meio e ganhar a vida. Ou ainda, um “altar” onde alcançaremos a realização pessoal.
O problema disso é que por vezes, escolhemos as carreiras por dinheiro, ou ainda, aceitamos qualquer trabalho por sentir que não conseguiremos nada melhor. O resultado disso é a frustração, o medo e, por vezes, o suicídio.
Repetição de Comportamentos nos Vícios
Outro exemplo de repetição de comportamentos que nos levam a autossabotagem, são os vícios.
Os autores explicam que é bem simples compreender os vícios, que na verdade se tratam de uma prática perversa, onde por meio de ações medíocres, escravizam as pessoas.
E como crescemos achamos que merecemos ser punidos, aceitamos os vícios e, quase sempre, não temos nos livrar deles.
Como Reconhecer e Solucionar Repetições de Comportamentos
Por fim, o livro fala sobre a importância de reconhecer os padrões de repetições para buscar uma solução eficiente.
Compreender o significado de um trauma e a repressão associada a ele é essencial para entender o conceito de compulsão à repetição.
O trauma, da maneira que está sendo empregada aqui, surge de uma experiência seletiva e pessoal que choca e aterroriza, arruinando gradativamente a suposição de que existe alguma estabilidade no mundo.
Nesse sentido, quando vivemos um trauma, temos uma enorme necessidade compulsiva de dominá-lo. Porém, quase sempre não temos controle sobre isso e, então, reprimimos.
Mas o problema da repressão é que ela não enterra somente o evento traumático. Ela também camufla os sentimentos e as lembranças associadas a ele, incluindo os elementos que o acompanham. Por causa disso, todas as memórias e sentimentos estão sujeitos a várias distorções.
Os autores sugerem a terapia, como forma de reformular as crenças, os valores e os conceitos que desencadeiam o seu trauma.
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